sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Saudade

Bom, no domingo eu estava planejando fazer deste um post feliz e saltitante sobre Hetalia: Axis Powers. Sabe, sobre como eu passei o fim de semana assistindo e é suuuper-cool. Mas, infelizmente, as coisas não serão como eu estava planejando.

Isso porque segunda-feira eu descobri que havia morrido uma das pessoas que eu mais admirei na minha vida.

Bom, eu não lidei muitas vezes com a morte. Lembro de quando minhas bisavós morreram, mas eu era pequena demais para entender direito o que tinha acontecido. Depois disso, morreu um tio-avô meu que eu adorava como se fosse meu avô de verdade, e eu lembro de ter sofrido pra caramba. Mas isso faz tantos anos que hoje eu nem choro mais quando lembro disso. Então, eu posso afirmar que não sei bem como lidar com a morte, e não me envergonho disso.

Qualquer um que me conheça sabe que eu passei o ano estudando para a Fuvest - e eu estava determinada a passar. Aí, quando eu passasse, eu ia aparecer naquele colégio que eu não vejo há uns bons quatro anos e ia falar pro Carlão que eu ia estudar na USP; e ele ia me dizer que eu merecia e blá blá blá, porque era sempre assim que ele falava comigo.

E eu não sei. Não dá pra explicar a tristeza que eu estou sentindo - quando eu fico sozinha, sem nada para fazer, e começo a pensar nele, ou quando eu ouço alguma música que me faça lembrar dele, e tudo isso me faz chorar e faz meu peito doer.

É estranho, imaginar aquela escola sem ele. Ele era um ícone - não só pra mim, mas para qualquer um que tenha estudado ou conhecido ele.

A Igreja onde a gente fez a missa pra ele estava lotada, só de alunos e colegas de trabalho dele. Foi lindo, eu não vou mentir, e durante toda a celebração eu precisei segurar as lágrimas, mas, no fim da missa, foi inevitável. Ver todas aquelas pessoas chorando e se abraçando foi a válvula que fez o choro descontrolado vir. Claro, tinha gente chorando muito mais do que eu - como os professores que trabalharam com ele - mas isso porque eu sou muito boa em esconder como me sinto. Porque se pudessem ver como meu coração estava despedaçado naquele momento, ficariam impressionados. Ou talvez não, já que todo mundo entenderia o que estava acontecendo comigo, porque era exatamente o que estava acontecendo com todos.

Enfim, é o tipo de coisa para o qual não há consolo.



Mas Já foi uma honra grande o bastante estudar com esse cara.