(Eu sei que ainda tem tempo. Sei que é só dia 31. Mas até lá eu já vou ter esquecido o que queria te dizer.)
Existem pessoas na nossa vida que simplesmente nos marcam. Quando você é introvertida, tímida e insegura - quando você mesma não consegue ver nada de bom em você mesma - é bom ter alguém que te enxergue.
Eu era o tipo de pessoa que precisava ter certeza de que alguém sentiria minha falta - meu maior medo era morrer achando que não faria diferença. Mas era (é) muito difícil acreditar nas pessoas quando elas diziam se importar.
Exceto uma.
Ela era sorridente, ela era amigável e se dava bem com todo mundo - todos eram seus amigos. Mas não era esse tipo de amizade que eu queria. Eu queria ser especial para alguém (eu era egoísta).
E de repente eu descobri que era importante para ela. Eu realmente conseguia acreditar nela quando dizia que eu era sua melhor amiga, quando dizia que precisava de mim. E aquilo me fazia sentir bem. (Eu também precisava dela, e ela era a pessoa mais importante da minha vida - e ainda é.)
Eu não sofria. Não havia nada no mundo que fosse capaz de me fazer derrubar uma lágrima. Antes de conhecê-la, eu tinha perdido toda a fé no mundo - tinha perdido a vontade de viver. E ela me devolveu tudo isso. Saber que eu a veria no dia seguinte era só o que eu precisava para aguentar qualquer coisa que me acontecesse. Eu era mais feliz do que jamais havia sido. E essa felicidade era tão grande que eu tinha certeza de que nada a estragaria.
(Mas eu estava redondamente enganada.)
E naquele dia - aquele dia que só nós duas sabemos o quanto foi horrível e sofrível - eu senti que haviam arrancado um pedaço de mim. Dizer adeus foi muito difícil. Se aquele tempo que passamos juntas foi o mais feliz da minha vida, aqueles minutos em que tivemos que nos despedir foram os mais dolorosos. Não existem palavras que descrevam toda a dor que eu senti. Não existem palavras que descrevam o quanto eu demorei para dormir aquela noite. Não existem palavras que descrevam como foi difícil retomar minha vida depois daquilo.
Porque eu simplesmente estanquei. Minha vida não avançava nem regredia. Ficou parada, estática. Eu me sentia vazia. Eu me sentia desmotivada. Ter que todo dia olhar as pessoas que costumavam andar com a gente (e que me enchiam de lembranças dela) era muito horrível. Era desesperador. Eu não queria mais nada.
Mas resisti. Só não joguei tudo para o alto porque ela havia pedido. Pedido para eu continuar aqui, firme, porque um dia ela ia voltar. E eu acreditei. E ainda acredito. Por muito tempo, a única coisa que me manteve viva foi a perspectiva de um dia tê-la de volta. (Mesmo que hoje eu já tenha recuperado a vontade de viver por mim mesma, ainda espero a volta dela.)
E também me dói pensar em todas as vezes que fui fresca e estúpida e não demonstrei o quanto ela era importante. Pensar que nunca disse a ela que a amava mais do que qualquer outra coisa (e que esse amor era muito diferente do que aquele que se sente quando se está apaixonado, porque é um milhão de vezes mais forte e verdadeiro.) E mais ainda, pensar que eu queria que ela voltasse, mesmo sabendo que ela está melhor lá - que ela está sofrendo menos lá. (Mas eu estou sofrendo mais, aqui. E eu sou egoísta. E ela pode estar precisando de mim e eu não sei.)
Eu mudei. Ela mudou. Nossas mentalidades mudaram. Nossos jeitos mudaram. Mas não nosso sentimento. Nós ainda somos - e sempre seremos - grandes amigas. E eu digo isso com segurança porque ela é a pessoa no mundo em quem eu mais confio - e se ela diz que, mesmo estando bem lá, gostaria de voltar só por minha causa, eu acredito. Porque se eu não acreditasse nela, não seria digna de sua amizade. Então, acredito quando ela diz que continua sentindo por mim o mesmo que sentia antes; acredito quando diz que sente muito a minha falta; e acredito quando diz que um dia vai voltar e vamos ficar juntas novamente.
(Já vão fazer quatro anos. Quatro anos. Mas eu continuo esperando, e sempre vou continuar. É isso o que fazem os amigos, não é?)
Existem pessoas na nossa vida que simplesmente nos marcam. Quando você é introvertida, tímida e insegura - quando você mesma não consegue ver nada de bom em você mesma - é bom ter alguém que te enxergue.
Eu era o tipo de pessoa que precisava ter certeza de que alguém sentiria minha falta - meu maior medo era morrer achando que não faria diferença. Mas era (é) muito difícil acreditar nas pessoas quando elas diziam se importar.
Exceto uma.
Ela era sorridente, ela era amigável e se dava bem com todo mundo - todos eram seus amigos. Mas não era esse tipo de amizade que eu queria. Eu queria ser especial para alguém (eu era egoísta).
E de repente eu descobri que era importante para ela. Eu realmente conseguia acreditar nela quando dizia que eu era sua melhor amiga, quando dizia que precisava de mim. E aquilo me fazia sentir bem. (Eu também precisava dela, e ela era a pessoa mais importante da minha vida - e ainda é.)
Eu não sofria. Não havia nada no mundo que fosse capaz de me fazer derrubar uma lágrima. Antes de conhecê-la, eu tinha perdido toda a fé no mundo - tinha perdido a vontade de viver. E ela me devolveu tudo isso. Saber que eu a veria no dia seguinte era só o que eu precisava para aguentar qualquer coisa que me acontecesse. Eu era mais feliz do que jamais havia sido. E essa felicidade era tão grande que eu tinha certeza de que nada a estragaria.
(Mas eu estava redondamente enganada.)
E naquele dia - aquele dia que só nós duas sabemos o quanto foi horrível e sofrível - eu senti que haviam arrancado um pedaço de mim. Dizer adeus foi muito difícil. Se aquele tempo que passamos juntas foi o mais feliz da minha vida, aqueles minutos em que tivemos que nos despedir foram os mais dolorosos. Não existem palavras que descrevam toda a dor que eu senti. Não existem palavras que descrevam o quanto eu demorei para dormir aquela noite. Não existem palavras que descrevam como foi difícil retomar minha vida depois daquilo.
Porque eu simplesmente estanquei. Minha vida não avançava nem regredia. Ficou parada, estática. Eu me sentia vazia. Eu me sentia desmotivada. Ter que todo dia olhar as pessoas que costumavam andar com a gente (e que me enchiam de lembranças dela) era muito horrível. Era desesperador. Eu não queria mais nada.
Mas resisti. Só não joguei tudo para o alto porque ela havia pedido. Pedido para eu continuar aqui, firme, porque um dia ela ia voltar. E eu acreditei. E ainda acredito. Por muito tempo, a única coisa que me manteve viva foi a perspectiva de um dia tê-la de volta. (Mesmo que hoje eu já tenha recuperado a vontade de viver por mim mesma, ainda espero a volta dela.)
E também me dói pensar em todas as vezes que fui fresca e estúpida e não demonstrei o quanto ela era importante. Pensar que nunca disse a ela que a amava mais do que qualquer outra coisa (e que esse amor era muito diferente do que aquele que se sente quando se está apaixonado, porque é um milhão de vezes mais forte e verdadeiro.) E mais ainda, pensar que eu queria que ela voltasse, mesmo sabendo que ela está melhor lá - que ela está sofrendo menos lá. (Mas eu estou sofrendo mais, aqui. E eu sou egoísta. E ela pode estar precisando de mim e eu não sei.)
Eu mudei. Ela mudou. Nossas mentalidades mudaram. Nossos jeitos mudaram. Mas não nosso sentimento. Nós ainda somos - e sempre seremos - grandes amigas. E eu digo isso com segurança porque ela é a pessoa no mundo em quem eu mais confio - e se ela diz que, mesmo estando bem lá, gostaria de voltar só por minha causa, eu acredito. Porque se eu não acreditasse nela, não seria digna de sua amizade. Então, acredito quando ela diz que continua sentindo por mim o mesmo que sentia antes; acredito quando diz que sente muito a minha falta; e acredito quando diz que um dia vai voltar e vamos ficar juntas novamente.
(Já vão fazer quatro anos. Quatro anos. Mas eu continuo esperando, e sempre vou continuar. É isso o que fazem os amigos, não é?)
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